segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mito de origem, mito de encontro

Não é, veja bem, uma distância específica. A estranheza, estrangeirisse, diria ele. Um oi geral, piscadela íntima daquela atriz famosa da Globo. It´s the "you alone, dough" of the world.

Nothing much, really. Não é essa nem aquela incompletude, não é você nem sou eu, nem o pai a mãe os avós. É só esse ser em um zilhão mesmo.
Os mais necessários dos necessários, o valor absoluto daquele cordão. nada. Com ene minúsculo. Tranquilamente nada, porque não é mesmo pra ser muito mais do que isso. É a falta mais imbecil de vício, é aquela fome satisfeita. Belo belo. Look look look, please, muthefucka, look. But why would you? And where you you?  Eu sei daqui dessa janela de apartamento que não era nada de diferente, é uma urbanidade seca, um chove-não-molha, mas que na verdade nunca choveu, e quem não viu fui eu. Que nem reclamar do trânsito. Cotidiano feito um pombo, daqueles bem gorduchos da praça da Sé. 

Essa procura esfomeada de um lugar pra colocar os olhos e as botas, enfiar a mão e dizer que aqui cabe. Cansou. Aqui não cabe, nem coube, nem ali há de caber. Não é feito pra caber, não são pratos nem copos antigos que vão segurar a estante. Não é essa casa ou aquela, o nome do meio. Eu caço uns papéis com o nome do projeto, daquilo que quisera eu ter nascido pra ser. Longe dos laços curtos, perto do fim dos mundos, eu encontro pistas e vou talhando na areia. Mais solidez impossível, eu nasci de uma trepada apaixonada a três: entre um poema da Patti Smith, um da Ana C, e uma canção de Caetano. Veio titio Lennon me dar a benção no beijo da capa do Double Fantasy, e o Neil Gaiman escreveu meu nome na árvore duma moeda de quarter, em Connecticut.

Por hoje, que amanhã nasci na Antártida, virei husky e morri num incêndio. 

Acontece que eu desejo, e desejo o desejo do desejo de juntarmos qualquer dois mil réis pra comprar duas sandálias pariadas. Mas eu seguro e solto, seguro e solto até que vire massa de pão, boto no forno e faço chá pra acompanhar. Um pé cá e outro lá, que só tenho dois.

 Você, todo e todos, faz e fazem sempre um conforto doído de tão preciso.

Passo um braço do lado direito da angústia, e vamos dar uma volta de calhambeque, meu bem.