quarta-feira, 30 de maio de 2012

esse devia mesmo se chamar plágio

três heterônimos walk into a bar. Qual é o nome do filme?

O que é o que é um pontinho escuro bem no meio da sua testa?

Olha, bem ali. Eu só funciono no plágio da hora H. O plágio minuciosos da hora H. 1,2,3, e já, falsificação descarada deslocada de três poemas secretos encontrados na pasta cor de abóbora.

Escritores fantasmas num baile de máscaras: coisas que ele escreveria. Tento fazer um sorriso amigável, mas sou transparente feito o Tejo, e ele sabe muito bem que eu acho tudo velho. Não pediu mesmo a minha mão, nem o olho direito, então deixa estar. Esse papo já tá qualquer coisa, sinos de caetano, e uma sinusite de alcova. Na porta da tabacaria um no smoking sign com cheiro de tinta fresca. De strogonoff, e aquela cidade nua toda nua.

Ficou barato e cliche, sem mais. Delongas? Eu queria te dizer que queria te dizer que queria te dizer. Que a tua arte egocêntrica é moderna e tem gosto de chiclete.

exercício diário de bater ponto em cima do livro dela: papel manteiga, o plágio dos suportes líquidos. A mais pura anti-originalidade dos não biografismos clássicos. Eu queria ouvir assim "muito pós-Gaiman a tua prosa" e uma risada eco. Hoje estou sem monstros, nesse copismo afágico. Não conta essa não, essa aqui não conta. Procrastinação pura!

sábado, 12 de maio de 2012

"Não queira nada que perturbe esse lago agora, bem."

It´s too big a city, and too big a city for bliss to hang on a minute

hang on a minute

Segura o estímulo, bem, não encosta em mim que se encostar pode fugir de vez e nunca mais essa delicadeza vulcânica que me toma a pele. Por nada.

Bliss comes -always- from nowhere.

Este não é um pensado, amor, é um desses que dá vontade de fazer como aos 14. Meio confessional pós um-dia-qualquer, pra mandar beijo aos amigos. Eu ia dizendo, qualquer coisa mesmo. Pra bater ponto de palavra todo dia, mesmo.

Como é que faz pra ir, como é que faz com essa vontade, essa precisão desencarrilhada de ir amando lugares e casa e raizes, e amando pessoas. Esqueci quase a interrogação, porque não é uma pergunta e eu não espero uma resposta. É uma comequefaz de absurdo sem solução mesmo. De esticar as duas pontas até quebrar as pernas sem alongamento nenhum. Bota um ponto do compasso aqui, finca fundo porque é aqui. E o outro gira, abre e gira. Mas eu não tenho dois pontos e eu quero uma estrada imensa, todo dia. Uma estrada imensa todo dia e a tua cama. Ao mesmo tempo, agora.

Não te convidei, não é pra você vir comigo. Porque eu não estou indo. Eu fico. Eu fico e eu fico e eu parto toda vez que eu vejo um avião.

Quando eu morrer faz uma viagem, e larga cinzas minhas pelo mundo inteiro, pode ser? Viva não tem mesmo jeito, saudade é pão e água, arroz com feijão.