segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A cidade, por baixo do corpo,
se descortina aos poucos

tocada de ataques sutis,
nas suas diversas zonas erógenas,
a cidade de edifícios foices
não se percebe anoitecer
não atenta ao próprio aterro

racha o asfalto
arranha o marco zero

a cidade, distendida de dentro,
remodulada,
moldada pelo corpo,
abre frestas.

O mundo, enfim,
como a lagoa Rodrigo de Freitas,
tem nome de homem
mas é mulher

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