A cidade, por baixo do corpo,
se descortina aos poucos
tocada de ataques sutis,
nas suas diversas zonas erógenas,
a cidade de edifícios foices
não se percebe anoitecer
não atenta ao próprio aterro
racha o asfalto
arranha o marco zero
a cidade, distendida de dentro,
remodulada,
moldada pelo corpo,
abre frestas.
O mundo, enfim,
como a lagoa Rodrigo de Freitas,
tem nome de homem
mas é mulher
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